Quem quer começar a escrever para a internet, ou mesmo quem já faz parte desse meio, costuma ter muitas dúvidas. Por exemplo: quanto custa ser uma redatora freelancer?
A resposta pode variar de pessoa para pessoa, por conta de diversos fatores.
Para te ajudar a ter uma base, listei neste artigo os custos que eu tenho. Mas, atenção: não me contentei somente em escrever para os outros e criei o meu blog também, o que muitos profissionais não fazem. E esse é um dos fatores que deixam meus custos diferentes dos de outras pessoas.
Bora?
Quanto custa, para mim, ser uma redatora freelancer
1. Custo mensal como MEI
Todo Micro Empreendedor Individual precisa pagar uma contribuição mensal, que varia um pouco, de acordo com o a categoria em que ele se enquadra: comércio ou indústria, prestação de serviços ou comércio e serviços.
Eu trabalho prestando meus serviços e, por isso, pago uma taxa mensal que agora está em R$65,60.
2. Domínio do meu blog
Esse blog perfeitinho que você está acessando tem um domínio (nome + sufixo) registrado, sabia?
E, para garantir a manutenção desse registro, devo fazer um pagamento também. O último foi de R$40,00, com duração de um ano.
Mas poderia ter sido de R$76,00 para dois anos e, se não me engano, tem opção de valor para um período ainda maior.
3. Hospedagem do meu blog
Sendo uma redatora freelancer que trabalha para os outros e para mim, por meio do meu blog, preciso que ele funcione direitinho e esteja sempre “no ar”.
Para isso, pago a hospedagem dele, cujo último valor foi de R$250,00, com validade de um ano. Faço esse pagamento direto para uma pessoa que me dá suporte há anos e já me ajudou em diversos perrengues, como quando o blog saiu do ar por excesso de visitas simultâneas.
Aquela pessoa que me acalma, assume a frente e resolve o problema superando as expectativas, sabe? Tnks, Paulo <3
4. Internet
E é claro que não poderia faltar ela: a internet de casa.
No meu caso, especificamente, o pagamento é de um plano antigo, que talvez nem exista mais, pois foi contratado quando ainda existia o Speed, da Vivo. Você é dessa época? rs.
Esse plano era composto por telefone fixo + internet. E, como o telefone fixo ainda é útil por aqui (o que pode ser um espanto para muitas pessoas), continuo pagando esse mesmo serviço, até ver real necessidade de mudar.
O valor médio mensal que pago ultimamente é de R$126,00.
5. Custos variáveis
Entre eles:
- Recarga para o celular, para usar os dados móveis quando necessário;
- Custos para arrumar o notebook quando ele dá algum problema (se não me engano, passei por isso umas 2 ou 3 vezes só, mas é algo que deve entrar na conta);
- Custos para trabalhar de outro local quando a internet em casa está com problema e os dados móveis não irão suprir minha demanda.
Esses últimos, especificamente, estão ligados a cafeterias, locais para os quais costumo correr nessas horas. E nada mais justo do que consumir algo no estabelecimento, visto que estarei usando a internet deles, não é mesmo?
Costumo gastar, em média, uns R$30,00 para umas 4 horas de trabalho (peço um salgado, algo para beber, algo doce para comer e etc).
Outros custos que tenho como redatora freelancer
Trabalhando como redatora freelancer eu não tenho vínculo empregatício com nenhuma empresa que atendo. Logo, também não tenho os benefícios que os funcionários dessas empresas costumam ter, uma vez que, oficialmente, não faço parte da equipe.
Aliás: mesmo se fosse contratada como pessoa jurídica talvez eu não tivesse tais benefícios, uma vez que, segundo nossas leis trabalhistas, um profissional contratado por meio de contrato (o famoso PJ) não tem as mesmas obrigações que um funcionário contratado com carteira assinada (o famoso CLT).
É um profissional que não precisa cumprir horário, não precisa mandar atestado pro RH toda vez que fica doente e etc (embora muitas empresas não saibam disso ou ainda estejam se fingindo de cegas, rs). E, se não tem as mesmas obrigações, é comum que acabem não tendo os mesmos benefícios, o que costuma ser compensado com um salário bem bom.
Mas, voltando…
Sendo uma simples camponesa sem benefícios empregatícios, eu tenho ainda outros custos que, numa outra realidade, seriam “bancados” por uma empresa.
Por exemplo:
- Toda vez que preciso de um exame ou consulta médica, eu que pago, pois não tenho convênio médico;
- O dinheiro para transporte público também sai do meu bolso, pois não tenho Vale Transporte;
- Qualquer gasto com comida também é por minha conta, pois não tenho Vale Refeição, nem Vale Alimentação.
Isso sem citar os custos com internet e equipamento, que mencionei mais acima. Custos que, sendo fixa numa empresa, principalmente com registro em carteira, eu certamente não teria.
Financeiramente, vale a pena ser redatora freelancer?
Talvez você esteja se perguntando isso agora, caso ainda não trabalhe na área.
E, olha, não vou mentir: tem hora que bate uma saudade de um escritório e de uma rotina com as mesmas pessoas e com os mesmos ganhos mês a mês (pra quem é freela, esse último ponto costuma ser uma batalha).
Por outro lado, tem toda a questão de poder fazer meus horários, de atender somente quem quero (embora tenha que batalhar o dobro depois, pra conseguir mais clientes, caso dispense algum, rs) e de poder “ser dona do meu próprio nariz” de forma geral.
Ser redatora freelancer, ou ser freelancer em qualquer área, exige esforço.
Temos que nos desdobrar pra construir uma marca pessoal bacana e mantê-la viva, sempre faturando. E é por isso que invisto no meu blog e nos conteúdos do Instagram, por exemplo, (para me seguir lá, busque por @tatypublicitaty).
Mas, resumindo: mesmo com o trabalho que dá, e com os gastos, eu acho que vale a pena ser redatora freelancer sim, principalmente quando se trata de uma pessoa que tem disciplina e consegue se organizar muito bem.
Quando se tem esse perfil, os custos são mínimos diante dos ganhos que se pode ter.
Isso sem citar o fato de que, como já havia mencionado, os valores que listei dizem respeito à minha realidade, pois escolhi ter um blog. Se você for trabalhar de forma mais “básica”, precisará pagar somente a mensalidade do MEI, a internet e os custos pessoais, por exemplo.
E então, gostou de saber quanto custa, para mim, ser um redatora freelancer?
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*Os custos apresentados são referentes ao ano de 2022
