Nomadismo digital: veja os 6 maiores mitos sobre o assunto

nomadismo digital

É inegável o aumento que o interesse pelo nomadismo digital teve desde o início de 2020 até agora, com a pandemia mostrando para as pessoas que dá SIM para trabalhar remotamente sem perder a qualidade do serviço prestado para uma empresa. Isso, claro, focando nas demandas que dependem apenas de uma boa conexão com a internet para serem tiradas do caminho.

A pessoa que cria anúncios online para uma marca, por exemplo, não precisa bater cartão presencialmente todo dia e perder horas indo e vindo do trabalho para mostrar serviço. Ela pode fazer seu trabalho de sua casa, ou de onde quiser, pois precisa apenas da internet e do seu computador para trabalhar.

E é essa a beleza do nomadismo digital, né?

A liberdade geográfica, a diminuição do estresse… As pessoas simplesmente se tocaram que podem ter uma vida mais tranquila com a internet.

Mas, junto a esse “despertar”, acredito que veio também uma certa ilusão, criada por 6 mitos a respeito desse estilo de vida e trabalho. Mitos que, na verdade, são frases bem clichêzonas que as pessoas costumam usar.

Leia o tópico a seguir, para entender o que estou querendo dizer.

Mitos sobre nomadismo digital

 

1. Nômades digitais ganham dinheiro dormindo

Olha… Não é por nada não, mas, a não ser que você seja afiliado de algo ou infoprodutor, entre alguns outros tipos de profissionais, dificilmente o dinheiro vai chegar enquanto você estiver dormindo.

Muitos nômades digitais precisam fazer cada centavo do dinheiro que ganham enquanto estão acordados mesmo, pois são designers gráficos, redatores e etc. E tá tudo certo =)

 

2. Nômades digitais vivem viajando

Esse, na minha opinião, é um dos maiores mitos sobre nomadismo digital.

Se você resolver ir pra uma cidade e ficar lá uma semana ou um mês antes de ir para outro lugar, tudo bem. E se resolver ficar lá por um ano, tudo bem também. Ter um grande período de tempo entre uma viagem e outra não te fará menos nômade digital, entende?

Há, claro, quem goste de viajar com frequência, mas tem quem prefira um processo mais sossegado também, e ninguém vai tirar sua carteirinha de nômade se você escolher estar nesse segundo grupo.

Aliás: com certeza você vai encontrar quem bata o pé e diga que você está vivendo o nomadismo digital de modo errado, mas, francamente… O legal desse estilo de vida é a liberdade geográfica, para podermos ir para onde quisermos, quando quisermos e SE quisermos, né?

mitos sobre nomadismo digital

Exemplo de nômade digital aproveitando a liberdade dele, rs

3. Nômades digitais podem trabalhar com qualquer coisa

Para tristeza de muitos, isso está longe de ser verdade.

Outro dia via a história de uma pessoa que estava, numa conversa de nômades digitais, falando de sair por aí utilizando o carro para fazer e vender comida por onde passasse.

Mas, lembra que falei, lá no começo, que o nomadismo digital está ligado a trabalhos que possam ser feitos remotamente, usando a internet como elemento principal? Entende o erro no objetivo dessa pessoa?

Ela pode até se tornar nômade, e espero que consiga. Mas, nômade DIGITAL, não!

 

4. É só “largar tudo” e começar a viajar para ser considerado nômade digital

O tanto de gente que já vi dizendo que tem vontade de largar tudo pra virar nômade digital não está escrito, rs.

Daí lá vou eu, com muita paciência, e acreditando que a pessoa tenha dito isso de brincadeira, explicar que ela não pode simplesmente “largar tudo”. Mas, claro: são muitos os discursos de gente que “largou tudo” para viver viajando enquanto trabalha, então até entendo a confusão.

O problema é que essa galera que “larga tudo” nem sempre deixa claro que na verdade a única coisa que fez foi vender uma casa (o que nem sempre acho necessário, já explico isso) ou cancelar um aluguel que tinha, para viver em outros lugares, ganhando dinheiro com um trabalho que já tinha estruturado.

Em resumo: você não pode largar “tudo”, sabe? Por exemplo: o seu trabalho atual pode ser feito remotamente? Se não, e se você largar ele, vai precisar encontrar uma fonte de renda on-line primeiro, antes de sair se aventurando. E vai precisar ter um notebook também, rs.

Afinal, nômade digital não trabalha com qualquer coisa. Vender artesanato ou ser voluntário na recepção de um hostel, por exemplo, não serve ;)

 

5. Nômades digitais passam mais tempo passeando do que trabalhando

Mito. Mito com M maiúsculo!

Há casos e casos, mas boa parte dos nômades digitais precisa realmente trabalhar normalmente, inclusive dentro do horário comercial. Se você leu esse texto aqui, sobre a minha experiência no Guarujá, vai entender o que estou falando.

Nomadismo digital não é sinônimo de ficar turistando o tempo todo. Para alguns talvez seja, mas, no geral, não é.

 

6. Nômades digitais não têm casa própria

Se você conversar com determinadas pessoas, ou se ler determinados textos por aí, vai perceber que eles afirmam que o nomadismo digital consiste, também, em não ter uma casa no seu nome. Acho que como forma de forçar viagens, né?

Mas, não caia nessa. Você pode SIM ter uma casa sua e decidir que quer viver como nômade digital, ué! Pode deixar ela parada, deixar algum parente/amigo morar nela de graça, até mesmo como forma de garantir que terá alguém mantendo tudo preservado, ou pode alugar.

PORÉM, sem jamais esquecer que, se for viver desse aluguel, aí sim você será desclassificado do nomadismo digital. Lembre-se: sua grana deve vir de trabalhos prestados por meio da internet, ok? O aluguel, no caso, pode ser uma ajudinha. Ou mesmo um dinheiro a ser investido/guardado todo mês, para alguma emergência.

Resumindo…

Sou chata, sei que sou, rs.

Mas também tento ser consciente, sabe? O último ano, que causou esse “boom” em relação ao nomadismo digital, também mudou a realidade das pessoas de outras formas.

Vi nômades digitais que estavam fora do Brasil voltarem pra cá para ficar quase 1 ano na casa da família, sem viajar. Isso com certeza não os torna menos nômades digitais, mas, tenha certeza: há quem acredite que isso seja “errado”, assim como ter uma casa em seu nome ou trabalhar a liberdade geográfica como bem entender (viajando para onde quiser, quando quiser e SE quiser, e levando o trabalho junto).

Enfim… Se é sua vontade ter esse estilo de vida, dê passos rumo a esse objetivo, ao invés de dar atenção para quem se prende a regras que só limitam a gente.

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Taty Ferrari =*

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