O dia em que voltei a ser só uma redatora freelancer

redatora freelancer

Não é segredo pra ninguém que a vida às vezes cobra umas decisões da gente, né? Se você ainda não se viu tendo que tomar uma decisão importante, aguarde, pois sua hora vai chegar. A minha chegou, de novo, e me vi decidida a voltar a ser só uma redatora freelancer novamente.

Mas não que isso seja ruim, muito pelo contrário!

Fiz o que senti que tinha que ser feito, e me sinto muito bem por isso. Quer conhecer a história toda?

Continue lendo até o final!

Como assim “voltar a ser uma redatora freelancer”, Taty?

Bem… Quem me conhece sabe que, há alguns anos, uma agência na qual eu era redatora freelancer me ofereceu uma vaga de analista de conteúdo (também usávamos o termo gerente de conteúdo). Para mim, parecia um passo grande demais, mas decidi aceitar e, com o passar dos meses, me vi crescendo muito, em diversos sentidos.

Foi por conta dessa oportunidade que:

  • Comecei a escrever e-mail marketing, social post e newsletter;
  • Aprendi a gerenciar processos e pessoas;
  • Consegui uma oportunidade igual, em uma outra agência.

A rotina era relativamente simples: criar briefings de acordo com a estratégia e as palavras-chave dos clientes, enviar para aprovação, encaminhar pro time de redatores começar a escrever, revisar o que foi escrito, enviar o artigo para o cliente aprovar, depois passar para o time responsável subir no blog…

Um vai-e-vem danado, né? rs

Pois é…

Foram quase 5 anos e meio nessa rotina. Até que chegou um dia em que comecei a me questionar sobre estar valendo a pena ou não continuar. Alguns dos motivos que levaram a esse questionamento foram:

 

O quanto eu estava recebendo

Foram mais de 5 anos recebendo a mesmíssima quantia.

Tá certo que eu atuava como analista de conteúdo no formato freelancer também, recebendo por entrega ao invés de receber um valor fixo por mês, mas pense numa coisa que foi me desanimando… Ainda mais vendo tudo ficando mais caro, e meus ganhos sendo os mesmos.

Não senti, nos gestores, um desejo de valorizar mais o time, financeiramente, sabe?

 

O fato de o processo em si ficar diluído em vááários dias

Sendo redatora (freelancer ou não), eu tenho uma quantidade “x” de textos para entregar por mês ou por semana. O trabalho é bem pontual: consiste em receber o briefing, escrever, enviar pro cliente e acabou! A não ser, claro, que exista algum pedido de ajuste, o que tem sido bem raro.

Já como analista de conteúdo, eu lidava com um processo que se diluía em diversas etapas e vários dias, como deu a entender mais acima.

Detalhe: eu só recebia quando o cliente de fato aprovava o conteúdo. Logo, mesmo fazendo tooodo aquele processo de criar briefing, revisar texto e etc, não raramente eu tinha que lidar com outro processo, que era o de repassar certinho o feedback do cliente para os redatores, caso ele não tivesse gostado do conteúdo, e aguardar os ajustes serem feitos, para revisar tudo de novo e enviar novamente para aprovação.

Ufa!

Acha ruim? Pois saiba que piora: eu lidava com um cliente que demorava demais para aprovar. Já fiquei quase UM ANO aguardando para receber por um conteúdo. Até que eu finalmente aprendi e, no que dizia respeito a tal cliente, simplesmente fazia a cobrança quando via que a aprovação poderia demorar mais de duas ou três semanas.

A agência me pagava, sem reclamar.

 

A cobrança por “atenção”

Não reclamavam, “em partes”, rs.

Os donos sempre souberam que eu atendia diversas empresas, e não só eles. Mesmo porque, o que eu recebia lá nunca foi o suficiente para me manter.

Nunca houve o pensamento “vou largar os outros clientes e ficar só com a agência”. Justamente pelo fato de eu ganhar por conteúdo aprovado (o que fazia o dinheiro oscilar) e pelo fato de que ali nunca dava para saber como seria o dia de amanhã. Na verdade, em nenhuma empresa dá, né? Mas lá parece que o rodízio de clientes era maior do que eu gostaria, e jamais iria me arriscar financeiramente.

Pois bem…

Mesmo dizendo entender isso, começaram a me cobrar mais presença, dizendo que eu deveria ficar online para responder rapidamente as mensagens e etc… E isso colaborou para a minha decisão de sair.

Eu não queria tratar eles como prioridade, e nem tinha incentivos para isso.

Se estava escrevendo um artigo para outra empresa e ouvia notificação de mensagem deles chegando, eu ignorava. Não queria parar para olhar a mensagem, ver que era problema ou demanda que estavam me passando e ficar sem cabeça para continuar escrevendo.

Tento fazer uma coisa de cada vez e, se precisaria responder de forma rápida tudo o que me mandavam, tendo que parar outras coisas que já estava fazendo, realmente não ia dar certo.

redatora freelancer com liberdade de tempo

Sem tempo, irmão! Uma coisa de cada vez.

O desejo de voltar a ter um benefício que uma redatora freelancer tem: liberdade de tempo

Ficou bem claro que eu não estava tendo essa liberdade para fazer minhas coisas, né?

É claro que uma ou duas vezes por dia eu dou uma olhada em todas as mensagens de trabalho que recebo, para dar uma atenção pros clientes. Mas ter que ficar quase o tempo todo disponível estava sendo demais para mim.

Enfim… Chegou o dia em que finalmente me vi fazendo o que estava há meses enrolando para fazer: coloquei os pés no chão, admiti que não dava mais, e “pedi para sair”. Até postei, nos stories do meu Insta (@tatypublicitaty), o momento exato em que estava digitando um textão para os donos da agência, dizendo que havia chegado minha hora, rs.

E foi nesse dia que voltei a ser só uma redatora freelancer, o que tem sido ótimo.

Um passo que eu precisava dar

Pode ser que você tenha lido até aqui e pensado “não era para tanto, não precisava sair”, mas, acredite: já estava mais do que na hora.

É claro que eu AMAVA DEMAIS poder falar que era redatora freelancer AND analista/gerente de conteúdo, mas não valia mais o estresse, só para manter o status.

O que eu estava recebendo nos últimos meses não representava mais que 25% do que preciso pra me bancar e, juntando isso aos outros motivos que apresentei, percebi que era um passo “para trás” que eu precisava dar, se quisesse andar “para frente”.

A partir do dia da minha decisão comecei a reparar nos demais clientes que já atendia e, prestando mais atenção neles, percebi que não precisava de outros, ao menos por ora. Eles tinham muito mais trabalho me esperando, por um valor que considero justo, e só não me passavam por que eu aparentemente estava sem tempo.

Ou seja:

Eu não precisava continuar presa à agência ou a qualquer outra empresa que eu não quisesse mais atender, por medo de prejudicar meu financeiro. Eu tinha era que focar em ter poucos clientes, mas que me pagassem bem. E finalmente consegui isso!

Isso sem citar o fato de que, a partir daquele dia, passei a ter mais tempo para voltar a me dedicar ao blog e ao planejamento dos meus próprios conteúdos.

“É sobre isso”, cara pessoa que me lê: voltei a ser só uma redatora freelancer blogueira, pelo menos por enquanto, e não me arrependo nem um pouco.

E você, teria dado esse passo também? Depois me conta ;)

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Bjs,

Taty Ferrari =*

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Heeey, psiu: você tem uma empresa e/ou trabalho ligado a turismo, produção de conteúdo, trabalho remoto, viagens ou nomadismo digital? Fale comigo no taty@publicitaty.com.br, vamos pensar em um conteúdo personalizado para você <3

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