A vida real de Essena O’Neill

Uma coisa que percebi com essas semanas de Blogosfera News (aliás, me perdoem, mas não foi possível postar o vídeo na última sexta) é que muita gente quer estar na blogosfera, mas não liga muito para as notícias que fazem parte dela. Mas uma única notícia dessa semana foi capaz de causar uma discussão enorme entre blogueiras e blogueiros, e acredito que você saiba do que estou falando. Sim, é sobre Essena O’Neill!

Acredito também que não preciso contar toda a história, por isso resolvi simplesmente escrever contando minha opinião (que não é do interesse de muita gente) e algumas coisinhas que tenho visto a respeito. O mais interessante de observar nisso tudo é a reação das pessoas, blogueiras ou não. E aqui vale ressaltar que quando digo “blogueiras” me refiro a quem escreve fofocas e qualquer outra coisa, afinal, nem só de moda vive a blogosfera.

A maioria dos textos que tenho encontrado criticam a atitude da moça, mas tem gente que exagera. A Lu, do Chata de Galocha, fez um post opinativo incrível. Não concordei em algumas partes, mas a admiro por ter sido respeitosa. Já a Deborah, do R7, fez uma matéria detonando blogueiras estilo Essena, que amam postar fotos bem produzidas e acabar com a auto-estima de muita menina.

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E vamos às minhas palavras… Se tem uma coisa que indico para qualquer blogueira (o) que vem conversar comigo é: não finja ser quem você não é! Acho um absurdo fazer uma viagem ou compra só para ter uma foto bacana, assim como colocar um look apenas para aparecer bem no Instagram fazendo “a it girl”, mas, sejamos realistas, quem é que não gosta disso? Assim como a Lu disse, já convivemos demais com a “dura realidade”, então, quando vamos para as redes sociais, queremos ver coisas e pessoas bonitas e inspiradoras.

O que eu não concordo é o exagero em querer parecer que vive na perfeição, entende? Sempre sorrindo, com roupas incríveis, em lugares maravilhosos… Isso tudo transmite muita falsidade. É obvio, para quem “manja dos paranauê” entre blogs e empresas, que pelo menos 80% de toda essa vida perfeita é patrocinada por uma marca, e é aí que nossa coleguinha errou, e sou obrigada  a concordar com a Lu, mais uma vez.

Quando se faz um conteúdo pelo qual se está sendo paga, existem duas opções: citar isso no post ou não citar, deixando que fique com aquele ar forçado e, como dizem os mais radicais, dando a mínima para a ética em relação aos seus leitores (afinal, eles não querem ser enganados, certo?). Mas a Essena conseguiu ir além, provavelmente decepcionando muitos anunciantes e seguidores, mesmo que agradando muitos outros.

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Só que, por outro lado, entendo perfeitamente essa atitude. Nunca havia ouvido o nome da moça, e não assisti o vídeo que ela fez, nem entrei no seu Insta, ou seja, não sei NADA dela além do que você aí sabe. Acontece que fico imaginando uma garota que, assim como MILHARES  de garotas e garotos hoje em dia, acompanha blogs e sonha em um dia ter a vida que a pessoa do outro lado da tela aparentemente leva. Essa garota quer ser reconhecida pelas coisas que veste e come, ser referência para outras pessoas da sua idade e ganhar muitos produtos e dinheiro para falar das marcas. Um dia essa garota consegue e, ao conseguir, percebe que não era tudo aquilo que imaginava, e que por trás de cada centavo existe muito trabalho e milhares de comentários do tipo “uau, você é perfeita”, “nossa, que linda essa roupa, onde você comprou?”, ou seja, percebe que está sendo vista como alguém que realmente não é, apenas um objeto capitalista. Chega uma hora que ela finalmente se cansa e, além de desistir, ainda faz questão de contar o motivo, revoltando muita gente.

Entende o que quis dizer? Essa era a vida real dela até então, e é a vida real de muita gente hoje em dia! Nos próprios grupos de blogueiras que acompanho é possível notar isso: quase toda a conversa gira em torno de parceria, looks e opiniões, pois todo mundo realmente quer esse tipo de trabalho/fama. O problema é forçar demais a barra, inclusive para si mesmo, e depois perceber que apesar daquelas fotos perfeitamente tratadas existe um vazio ou mesmo uma decepção por perceber que muitas pessoas te seguem com a vontade de cair na mesma armadilha que você, e surge então a vontade de impedi-las. Por isso, inclusive, muitos blogs não vão pra frente, pois já começam da forma errada, ao invés de focar em bom conteúdo.

Bem, essa foi a minha opinião. Ela está errada? Talvez… mas com certeza foi movida pela mesma vontade que toma conta de qualquer um que gosta de falar sobre si mesmo na internet. Para entender sobre as opiniões que citei acima, confira o post da Lu Ferreira e da Deborah Bresser. Depois volta aqui e me conta a sua opinião, pode ser?

Vou aguardar o seu comentário ;)

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